REPAGINANDO

Deveras repaginando as linhas dos meus dias,

ou, quiçá moldando em novas plagas as passadas,

reescrito pelas hábeis mãos do destino sagaz e arteiro

seja o compêndio com o relato dos meus anos por virem

Rasgaram-se as páginas de outrora, viraram chamas de ontem,

pois o pretérito se foi pelas asas fortes dos ventos do Norte,

espalhando-se fragmentadas, embora sob lágrimas amargas,

e jamais tornarão a servir de combustível para engordar a tristeza

Assim, doravante a suavidade de novos deleites me permearão,

escolherei a doçura como os beija-flores escolhem os jardins,

formarei outros ninhos nas árvores frondosas e me firmarei

na ternura da felicidade tal qual se firmam as raízes na terra

As cores do arco-íris estarão impressas na capa redesenhada

da brochura do meu mais recente viver, cada palavra terá vida,

as páginas sorrirão para quem me lê e as frases conterão

o fascínio, a alegria, a magia e o prazer perdidos no passado.

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 21/11/2013
Reeditado em 22/11/2013
Código do texto: T4581001
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