Dentro da luz de um poema...

Permaneci em silêncio por um tempo em que perdi as contas de que tanto foi

Cabisbaixo,

Sem fala, sem gesto, sem qualquer manifesto que seja.

Sem qualquer protesto!

Até que não mais me suportando,

Soquei-me bem no meio do estômago

Dei-me tapas na cara e acordei da afasia

Balancei-me lancei-me fora da apatia

Lancei fora o espelho perdido

Dancei sozinho a música dentro de mim

Quis de novo o sonho que ainda não se foi

Devorei a penumbra de outrora

Mergulhando na luz de um poema

Pois poucos poemas são luz,

Na maioria são sombras de nós mesmos

Que emanam de corpos inertes...

Inerte estava,

Agora me agito,

Dentro da luz de um poema...

sel carnero
Enviado por sel carnero em 24/04/2007
Código do texto: T462306