Senhora
Senhora indigente,
Proceda aos caminhos que se voltam a tua existência e discorra sobre As formas diminutas aos quais indagam a vida.
Não regridas ao mal que te faz sorrir,
Pois é por meio deste que definhaste a solidão de um ser desafortunado.
Como predisse no intensivo momento que te viste,
As curvas do seu corpo me levaram ao amor que por você foste transigir O último suspiro,
Eximindo toda a angústia presente em mim até aquele instante.
Eis- me aqui,
Prostro- me diante de ti com o desejo de fazer- te uma confissão para Que não esqueças esse ser desprezível,
Simiesco ao éter que surge com a brisa e desaparece com um varão.
Transcrevo o que disseste meu coração,
Deste disforme e denso sentimento que se presencia na minha condição.
Ó mais bela dentre as mulheres,
Que a sua jactância não façais preponderância da beleza que meus Olhos puderam enxergar.
Ah, quão feliz seria se pudesse imergir nos lindos oceanos que faz- me Brotar aquele desnudo sorriso destrinchado,
Coberto de malícia sob seus olhares.