Destruindo os medos

Os medos não me protegem;

antecipam males que talvez nunca

experimentasse senão por eles.

O medo não é fato, nem coisa,

vem duma parcela de ignorância,

do ciclo que engloba a vida,

perdido meio a cacos de crenças

antigas e arraigadas.

Tenho medos por herança,

sinto-os estremecer minha carne,

estão em algum recôndito de mim,

que não alcanço.

Porém, mantenho o juramento:

Jamais coordenarão um ato meu.

Que fique com as sobras de minha inconsciência,

Com os restos ainda perdidos de mim.

Hei decerto de matá-los todos,

é só questão de tempo,

e sei que a mim não matarão.

São partes ainda escuras

da minha alma.

Mas a luz expande-se a cada instante.

Agora mesmo trucidei um deles:

Expus.