A Janela do Tempo
Quis observar a passagem do tempo,
Na nuance da luz da lua e do sol,
Meus olhos não observaram a contento
As flores nascendo e morrendo em arrebol.
Quis observar no relógio os ponteiros,
Na constante volta circular,
Não somos últimos nem primeiros
Na contagem humana secular.
Quis observar a quantidade de amigos,
Na conta sem numero de meus dedos,
Mas nas fotos e bilhetes antigos
Não houve abatimento de meus medos.
Quis observar a janela entre futuro e passado,
Na presença incontínua do presente,
Mas só pude permanecer calado
Quando sem explicação me senti ausente.
Trombetas 12/01/2014 nesta janela de tempo.