Não....não foi por acaso.

Não ....não foi por acaso....

Ah! não ..

não foi por acaso..Não.

Que um dia nasci.

E gritei....

E esse grito de vida.

Fez feliz.

Os olhos de minha mãe.

Ali estava eu.

Surgida das brumas.

Do seio materno.

Para os braços ternos.

De quem me acolheu.

Mistério da vida acontecido.

Quente aconchego.

Tranquilo solitário.

Misterioso...

Um primeiro colinho de mãe.

Tão gostoso....

Não.. não foi por acaso....Não.

Que um dia e me tornei vida

De um plano de Deus

No ventre da minha mãe.

E... não foi por acaso.

Que depois....

De pequenina que era.

Do berço sai .

Apenas cresci.

Porque de gente me tornei.

Quando o mistério aconteceu.

E fiz-me grande...

E sou a mulher

que hoje sou...

Não não foi por acaso...Não.

Que tudo depois aconteceu..

Tinha que acontecer

Tinha que assim ser

A vida foi fluindo

Andando

Correndo

E nem um só momento

Me desprendi de ti ..

O tal senhor destino....

e...assim, continuamos juntinhos.

Na mesma barquinha

Que é a vida....

De velas desfraldadas.

Sem leme nem timoneiro.

Apenas e seguramente.

Uma suave brisa.

Ou uma forte tempestade.

nos conduzia...

Mas que nunca nos separou.

Eu... e tu o meu destino.

E aos portos da vida

Fomos chegando......

Não não foi por acaso...Não

Que fui uma flor.

Cheirosinha...apetecida.

Aberta para a vida.

Prontinha a ser colhida.

Experimentei a magia

De amar e ser amada.

Na doce ventura.

De ser mulher.

Sorri para os céus.

Agradeci.

Mas...tambem...

Quantas vezes amarguei.

O fel da desilusão.

Magoaram meu coração.

E me amachuquei.

E chorei...porque amei.

Porque acreditei.

E sonhei.

E estive só.

Esquecida.

quase perdida de mim.

E senti o peso da solidão.

Não...não foi por acaso...Não.

Que momentos de raiva.

Se apoderaram de mim.

Em que sentimentos.

De ódio e desamor.

Me tentaram escravizar.

Para logo a calmaria.

Voltar ao meu coração.

chorei com dor.

As perdas da minha vida.

Ah como elas me amarguraram...

Me maltrataram....

Também não foi por acaso...Não.

Que tive amigos.

Alguns de que não gostei.

Pois que não eram amigos.

Que enganaram bem.

Provando do seu fel.

Outros que ainda conservo.

Porque sei que o são de verdade....e para sempre.

Não não foi por acaso...Não.

Que soltei amarras de portos

Que me não davam segurança.

E que me prendi a outros

Que me davam ventos de mudança.

E onde encontrei a esperança.

O amor e a temperança.

Não nunca foi por acaso.

Que tudo ia acontecendo.

Passo a passo.

Segundo a segundo.

Porque o tempo corre sempre.

Como o rio para outro rio ou para o mar .

Sem parar.....sem parar......

Não não foi por acaso...

Nem é por acaso...

Que eu aqui estou....

Porque trago dentro de mim.

O mistério.

Do que ficou por contar.

E do que ainda poderei viver.

Sim nada é por acaso.

Por isso peço que continues.

Segurando a minha mão.

Senhor meu Deus...

Que nunca me perdi de ti....

Para que meus passos

Continuem a trilhar com segurança

Os caminhos da bonança...

Meus olhos continuem a enxergar

A esperança o amor a temperança

E que meu coração

Não perca nunca

A ternura de amar....

E a vontade de viver ......

De pedacinhos de mim

Da T,ta

2005

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 30/04/2007
Código do texto: T469982
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