Soneto da Nova Estrada

A porta aberta deixa entrar o vento

O meio dia entra pela fresta no telhado

Um raio de sol refletido no chão

E o silencio que dilacera o coração

O olhar indica a direção

Mas os passos negam

A fraqueza retrai o ímpeto

Dor articulada com abandono

É o caminho que encurta

É sonho que já passou

Talvez nem a ele chegou

É uma nova estrada anunciada

Que a própria vida aproxima

No fim de cada jornada