Sempre haverá uma nova primavera
Partiu sem nem ao menos olhar para trás
Seu barco serenamente desatou do cais
Jurou aos céus não voltar nunca mais
Saia consciente em busca da sua paz.
Precisava livrar-se das amarras
Manter-se longe daquelas garras
Não suportava mais os velhos grilhões
Já não possuía mais quaisquer ilusões.
Cansou de assistir o mesmo filme repetido
Nada mais parecia fazer qualquer sentido
Não entendia mais sequer o que lhe diziam
Nem o que dele esperavam ou queriam.
Foi difícil e doloroso admitir que chegou ao fim
Mas era impossível viver de uma forma assim
Não sei o que será de você nem de mim
Mas sempre haverá uma nova primavera em cada jardim.