FUGA X (Retorno?)
Observando o céu avermelhado...
Presságio de um novo dia a nascer,
O Ser tenta se confortar de sua noite:
Solitária e gélida – sem a amada para lhe aquecer.
Caminha pela penumbra em ruas não acolhedoras,
Buscando a lembrança de um sonho não sonhado...
Na esperança da desejada presença,
Satisfazendo a ilusão desse mal-amado...
O calor do Sol matinal o faz imaginar;
Quem sabe, até viver o desejo de tê-la beijado...
Doce e carinhosamente para sempre.
Talvez, apenas um momento de imaginação – eternizado.
Seu lar – quem sabe – “Preciso voltar!”
Enquanto admira a pequena foto
E ri, como um tolo que foi... que na próxima hora,
Poderá abraça-la fortemente e amá-la
Até – enjoar? – no limiar da próxima aurora...