NOITES HORRÍVEIS

Antes luz de chama ridente,

E agora escuridão em pranto,

A flor que plantamos juntos,

Para que vivesse para sempre,

Desfez-se em pétalas de desencanto

Que se perderam em jardins moribundos.

Deitávamos sobre uma branca nuvem, antes tão pura,

De delícias intensas, românticas, inesquecíveis...

E agora, à sombra do passado, a saudade me procura

E me deita ao relento na dura frialdade do chão.

Eu sigo deserto pelas ruas caladas

De noites infensas, tirânicas, horríveis...

Guia-me os passos sobre o pó das calçadas

A esperança de tê-la de novo em meus laços,

Quem sabe um dia, talvez em alguma estação,

No caminho que jaz entre o afeto e o abraço.

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 26/07/2014
Reeditado em 02/08/2014
Código do texto: T4897971
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