NOITE DE INSÔNIA

Era uma noite prateada e fria

E enquanto a lua chispava estrelas

No silêncio do meu quarto

Minh’alma estava vazia.

E nessa noite insone e fria

Olho as horas que vão crescendo

Meus olhos se contorcem buscando

O sono que no sonho vai viajando.

Ao longe um rouxinol cantava

Um canto triste e dolorido

Depois voava... voava...

Em busca do amor perdido.

Rouxinol tem alma de gente...

Mas gente não é certamente

E seu canto é um choro de pranto

Que vai sumindo como um quebranto.

Enquanto aquela voz se apagava

A noite me esperava impaciente

E minh’alma com a do rouxinol viajava

Pulsando com o sangue numa artéria ardente.

Mas a noite insone é tão longa e fria

Crava-me de dúvidas e perguntas até amanhecer...

Desnudando o sono da minh’alma vazia

Até que cheguem as respostas que me irão adormecer.

By@ Anna D’Castro

Anna DCastro
Enviado por Anna DCastro em 11/09/2014
Reeditado em 16/09/2014
Código do texto: T4957655
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