Realidade
Não plantes espinhos pra colher penhores...
Não plantes ódio pra colher a paz.
Pois são por esses tantos desamores
Que nossos quintais perderam seus encantos
Por não cultivarem mais, as belas flores...
E no fecundo lábaro que ostentas
Semeai até que se abasteçam os silos
De paz, de alegrias, verdades e amores...
Pois, são destes que a terra está sedenta
Quando geme por mais vida e menos dores!
Se escuto a voz que vem dos horizontes
Ouço o ressoar alerta de clarins...
E um cheiro de granadas fumegantes
Muitas vidas tiveram aí seu fim!
Olho apenas para o céu pedindo paz!
Se Deus fez do mundo um paraíso
P’ra que todos vivessem em igualdade
E nele tivessem toda a paz e muito amor
Mas os humanos inverteram os valores
E desnivelaram a nossa sociedade!