QUERO VER
Cadê quero ver a esperança
Que balança a criança inocente
No seu ventre ela senti a confiança
E mansa se lança em tom comovente
Cadê quero ver a saudade
De verdade e vontade de gloria
Tão notória da historia que arde
Tempestade que se tarde em vitória
Cadê quero ver o amigo
Que em perigo ao abrigo se tenha
Se contenha e retenha o inimigo
E o que eu digo consigo mantenha
Cadê quero ver lá no céu
Cor de mel no papel que ilumina
Não termina em sina cruel
Mas fiel tira o véu da menina
Cadê quero ver moribundo
O vagabundo, imundo e voraz
Vou atráz de quem faz deste mundo
Um reduto profundo de paz.