O pulo da gata.

Tem um sol lá fora.

Aqui dentro,o calor,apenas ameaça.

Olho pela janela,não encosto o meu

Rosto,nem o gosto do sol,e das pessoas

Que passeiam,me convence ainda.

Preciso começar a responder,o que eu mesmo

Pergunto,sem julgar o assunto que me devassa.

Passa encostado na minha perna,o rabo da gata.

Ela faz um balé que me confunde.No fundo,eu sei

Que ela quer apenas,alimento.

E eu,não me contento,vou com ela.

Se eu abro a janela da sala,ela foge.

Não é bem uma fuga...

E hoje,eu não vou julgar as suas(minhas) escolhas.

Vou apenas,continuar no telhado.

Sendo eu mesma e a minha gata.

Eu quero ser ágil,feito o seu pulo,que me encanta.

"Abandonar" as minhas crias na gaveta,voltar para

Alimentá-las.

Na fuga,desse passeio inofensivo,encontrarei a minha

"caça".Talvez eu não esteja alimentando-a direito.

Talvez,seja apenas a natureza do felino.

Eu não sei me espreguiçar ao sol,como ela

Faz,mas eu aprendo...

Apenas ser gata,quando eu quiser!

Depois volto a ser mulher.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 28/05/2007
Reeditado em 28/05/2007
Código do texto: T503944
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.