Vitória
Caminhar sobre as folhas, a tarde é triste,
De um outono que espera chegar o inverno,
A dureza que se ergue fria e em riste
Nos sentimentos que sem querer externo.
Sol da minha vida, porque assim partiste,
Esquecendo-me no tempo que me fora terno,
Feito uma palavra atirada ao vento que insiste
Atirar-me sem piedade do paraíso ao inferno.
Fugirei do vazio desta dor que me condena
Para dormir ao menos uma noite o justo sono,
Ainda que paire sobre mim o rosto do abandono,
Então com a minha alma dormida, livre e serena,
Serei o senhor pleno da minha verdade e história,
E deixarei saber o mundo, as delícias da minha vitória.