A PASSARELA DA MINHA VIDA

A minha passarela é verde,

A cor de esperança que adoptei,

Veio de Cabinda até Portugal,

Nela eu desfilei.

Durante sete décadas,

Percorri todo esse caminho,

Fui atingido

Por venenosas setas.

A passarela da minha vida,

É a que sigo com paixão,

Seu verde me dá esperança,

Sua meta muita emoção.

Ainda ando na minha passarela,

Não me vou desviar dela,

Sinto-me compensado,

Ando nela como se fosse à vela.

Por não ser figura de cúpula,

Passo despercebido,

Sou tratado como proscrito,

Considero-me impoluto.

Esta é a prova que a passadeira,

Que não seja vermelha,

É ignorada pela sociedade.

Não lhe reconhece veracidade.

Ruy Serrano - 21.01.2015, às 21:30 H

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 21/01/2015
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