Quando

Quando

Quando o desencanto te fizer curvado,

Sem coragem, sem força nos abrolhos

E as pálpebras cerradas

Esconderem o brilho que brilhou nos olhos,

Para, pensa descansa...

Já está cegando a Esperança

Com seus olhos verdes da cor do mar.

É uma jovem sorridente

Que entra em tua casa assim

Tão de repente

E traz motivos pra sonhar.

Semeia em solo preparado

Sementes de luz brilhando como o sol

Quando entra nas frestas abertas do telhado.

Quando o poeta estiver sozinho

Sem inspiração, sem rumo, sem alento

E o vendaval apagou a lâmpada no rumor do vento,

Levanta, desencosta dessa mesa

Joga fora esta tristeza

Escuta o que a poesia vai te falar:

“Canta outra vez, poeta, canta,

Que cantar é teu destino, é tua sina...

Se tua voz emudecer, o mundo fica menor

E a vida pequenina.

Fala com tua voz bem compassada

Que o mundo é todo encantado,

A vida, um lindo conto de fada,

Porque o poeta nasceu pra cantar e sonhar

Mesmo na mais dura agonia

Canta, poeta... canta o sonho, canta a fantasia.

marinaza
Enviado por marinaza em 17/03/2015
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