​O granito que queria ser eterno



Ele está ali, a seus pés ou esperando um alpinista
Convive com a sua mineral parvoíce de ser eterno

Outros de seus irmãos já há muito se difundiram
Pelo mundo, formando árduas montanhas velhas...

Ele quer a eternidade apesar de sempre eternizado
Sua fama de duramáter, senhor da dureza infinda!

Prefere uma imortalidade das estrelas e se engana
Mas tem no coração compacto, firmeza da teimosia

Muitos se utilizam dele, para sua perene arquitetura
Infinitos edifícios que durarão talvez em uma aurora

Sua dimensão é impávida, seu peso seu ardor fútil
E ele deseja aquilo que a humanidade percebe ilusão

Deixe que um dia aprenderá com as marés vazantes
Com as ondas que lhes castiga suas costas pétreas

Uma hora será a hora dele ser migalha, poeira, suor
Desta terra, deste imputável mar oceano gotejante...

E permanecerá areia, areal augusto, imensas praias
Sua eternidade agora é o pó, a areia incauta futura!

Afinal conseguirá o que o eterno renega aos sábios
Uma aventura na eterna lavra das marés não finitas

E muito de si, o granito temeroso conhecerá vazios
Sua evolução lhe dará, por fim, a poeira das estrelas!


Vou fazer dieta antes que seja tarde!
Mas te convido a repartir um lanche...  ( Jú, com cara séria )




 
Jurubiara Zeloso Amado e Umas batatas e molho...
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 07/04/2015
Reeditado em 07/04/2015
Código do texto: T5198908
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