Talvez , um dia ....

Talvez, um dia,

eu possa ser um pássaro,

e no infinito, incansavelmente voar.

Voar incessantemente, voar ...

rasgar horizontes,

ficar azul, tão azul como o céu,

o céu de meu olhar fascinado, apaixonado,

pela liberdade das minhas asas livres.

Tão plenas, tão leves, tão libertas,

como plumas à flutuar pelo ar em festa.

No meu voo desconhecido, sentir o inatingível,

plasmar sonhos, sorver fantasias,

solitário, me revelar ao desconhecido.

Ter desejos, acariciar o céu, ser do céu, extasiar ...

Voar, voar ... em toda extensão de liberdade, me elevar !

Esquecer que meus passos firmes ainda marcam este solo,

onde meu cheiro aprisionado vive na saudade.

Nas alturas, voar, andar entre as nuvens, te encontrar ....

As lembranças se misturam ao orvalho das manhãs invernais,

e perdem-se nas cores do arco-iris, sutilmente primaveril.

Hoje, voar .... etéria saudade, louca liberdade,

despertar sufocado,

espaço congestionado,

e a luz abre-se para mim ....

- Helena Huback -

Helena Huback
Enviado por Helena Huback em 17/05/2015
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