A Janela do Meu Sentimento

Olho pela janela e o que vejo?

O mundo que rola sem parar…

Vejo o que a memória tem gravado

Sinto o que a alma palpita

Como um alarme inquieto

Vejo pessoas que passam

Vejo fantasmas que o são

Vejo e sinto…

Que não minto

Vejo o que o olhar trás

Sinto uma dor… coisas más

Tanto que me confunde.

E eu almejo

Que a cortina da minha janela

De seda seja

Para que eu veja

A imagem da Cindrela.

Um beijo

Dessa linda mulher

Acalmava o meu sofrer

Adornava a minha esperança

Seria a minha herança

Talvez fugidia

Mesmo que tardia

Seguraria o meu desespero.

A minha janela é em sitio algum?

Nenhum!

Como espero…

É no epicentro

No meio do teu corpo

Na ponta do teu sopro

É aonde quero!

Absorto!

Os meus olhos lacrimantes

Perdidos no escuro

Longe de um porto seguro

São dois amantes

Prisioneiros da sociedade

Em busca da sapiência

Ou de uma qualquer ciência

Que faça ver a verdade.

E eu não quero este mundo

Quero olhar

Para um qualquer continente

E ver alegrias

Ver a terra e o mar

Ver as tuas noites e os teus dias!

24/07/2006