Sexta feira, Treze.

Doce menina,

não vás tão cedo deste mundo.

É verdade que desconheço

o doloroso abismo que te espreita.

Rogo as bênçãos do sangue vibrante!

Oh Grande Deusa!

Manifesta em nós a sagrada

aliança serena, violeta dourada.

Não há fins ou inícios se tudo se transforma.

A morte nasce da vida, a vida nasce na morte.

É a dança exponencial, fractal de formas.

É preciso morrer em vida, irmã minha!

Ceifamos com nossas forças unidas,

Todo o medo, o desespero infundado.

Nossa existência é eterna leveza

indestrutível impermanência e fruição.

Acalme-se doce menina

aqui estou para te dar colo

e ninar sua alma.

Confiamos na Deusa

que ampara as lástimas,

as lágrimas pesadas de tristeza.

Dê-me sua mão no abismo escuro.

Lembra-se daquele sábio e doce conselho?

Usaremos nossos passos para o iluminar o chão.

Jady Tariane
Enviado por Jady Tariane em 14/11/2015
Reeditado em 29/01/2016
Código do texto: T5448085
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