AMANHÃ, NOVAMENTE
Tornem simples, aquilo que só com amor se pode tornar.
Façam a verdade sair dos poemas, vivam-na e dêem-na a quem não a conhece. Sejam voçês mesmo e sejam parte dos outros, hoje e amanhã novamente. Que seja Natal, sempre.
AMANHÃ, NOVAMENTE
Disse adeus à chuva
e ela, respondeu-me,
com uma gota de simplicidade.
Disse adeus ao Sol
e ele, acenou-me,
com a sua doce claridade.
Disse olá a Deus,
e a minha Fé,
a minha esperança,
responderam por Ele.
Em nome, também,
de meu Jesus,
agora criança.
Dei os bons dias à vida,
a que tenho,
a que quero,
aquela em que me empenho,
da qual tanto espero.
Saudei o amor,
que pelas frestas
de meu caminho,
espreita,
se enfeita,
me ensina.
Dei-te um beijo na face,
minha companheira,
mulher, menina.
Dei-te um abraço, filho,
criança minha, pertença nossa,
Natal para sempre.
Desejo um pouco,
de tudo isto,
para todos, agora,
amanhã, novamente.
Que seja sempre Natal,
na lembrança
de que esse amor,
que aprendi,
nasceu, e correu Mundo,
livremente.
António Portela