Portas...
Portas...
Tantas possibilidades
Uma me encontro, outra me desencontro
Aberta para o céu, aberta para o improvável
Umas fechadas me foram, outras abertas me possibilitaram.
Pela fechadura vislumbro o desconhecido
Temor não é a palavra de honra
Escondido está adiante de mim por tanto tempo, o esquecido
Somente uma fresta me permito observar
Para não perder o êxtase do reencontrar
Contrariada em minhas mãos estão as chaves
Cada uma registrando uma história
Libertadora de aves
A prisioneira das paixões contrárias
Abertas me são as portas
Luz a rasgar a face
Um passo em falso e não vou ser resgatada por asas
O trinco foi aberto, coração acelerado pelo impasse
O que está me esperando é incerto
Mais um passo no escuro vai se desvinculando
O que está logo a frente é surpreendente
Mil cheiros me assaltam
Lembram-me do que ficou para trás
Sensações de toda forma sobressaem
Reforçando a vontade de continuar
Ardor de rosas, protegida pelos espinhos
Camuflada pela armadura luto ao lado de anjos
Como guerreira, encontro facilmente os caminhos
No mundo das descobertas
Portas me são abertas...