Um Sinal!

Procuro um sinal,

Seja um piscar,

Um sorriso, ou um olhar,

Quem sabe até um aceno.

Inútil ficar nessa angustia,

Apenas aumenta o sofrimento.

Mas, quem pode mudar as coisas do coração?

Assim, busco resignação.

Olho em torno de mim,

Não encontro resposta.

Cadê o gesto da gratidão,

Como consolo ao que se perde

e tarda no amanhecer, inerte?

Ainda assim não é visto?

Por que a indiferença então,

Manifesta a cada cair de tarde?

Ainda assim procuro por aquele sinal.

Que esteja contido então no raiar do dia,

Ou no brilho da primeira estrela.

Ainda pode estar na gota da última lágrima,

Ainda há pouco chorada?

Quem sabe não esteja

No perfume da flor silvestre,

Ou ainda na brisa do anoitecer?

Pode estar contido

No doce aroma da dama da noite.

Talvez até no cantar tristonho do pássaro noturno?

E por que não vem de vez

E se mostra inteiro?

Tirando-me do sofrimento,

Dando aquele alento derradeiro?

Claudio Kosmo
Enviado por Claudio Kosmo em 22/09/2016
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