Sinto que é primavera ...
Olho o relógio do tempo,
à noite acorda a madrugada,
pequenos raios de sol já inundam a manhã.
Lá fora, a vida acontece,
abro minhas janelas,
e sinto todo cheiro que exala da terra.
Algo mudou ...
o dia despertou mais azul,
as horas estão mais longas e alegres.
Observo o horizonte, magestoso, imantado em auras,
a multiplicidade de cores desmaiam no infinito,
sinto-o aberto, mais claro, mais lúcido,
a travessia não me parece ser impossível,
é o milagre do tempo sagrado.
Os caminhos salpicados em cores,
às flores inquietas,
cada qual disputando,
sua beleza peculiar.
No céu, pássaros em festa,
circulam o ar, soltam a voz,
enamorados, cantam felizes a
canção das cores, dos perfumes,
e da alma das flores.
Tipicamente vestidos para o Amor,
vivem o gozo da liberdade natural.
Fiéis mensageiros do tempo,
saboreiam o gosto da estação perfumada.
Sinto que é primavera, ela chegou ...
confidenciando o explendor da perpetução.
A fidelidade do cio primaveril,
salta aos olhos,
a vida renasce pontualmente,
a terra adormecida, desperta das sombras,
pequenas criaturas, tecidas e bordadas para a festa,
celebram e murmuram sentimentos,
para os primeiros pequeninos raios de sol.
Cânticos vindos da terra,
com todo ímpeto de luminosidade,
anunciam a primavera,
pontual e efêmera,
bordada com fios de esperança,
dona do milagre da vida.
- Helena Huback -