Sinto que é primavera ...

Olho o relógio do tempo,

à noite acorda a madrugada,

pequenos raios de sol já inundam a manhã.

Lá fora, a vida acontece,

abro minhas janelas,

e sinto todo cheiro que exala da terra.

Algo mudou ...

o dia despertou mais azul,

as horas estão mais longas e alegres.

Observo o horizonte, magestoso, imantado em auras,

a multiplicidade de cores desmaiam no infinito,

sinto-o aberto, mais claro, mais lúcido,

a travessia não me parece ser impossível,

é o milagre do tempo sagrado.

Os caminhos salpicados em cores,

às flores inquietas,

cada qual disputando,

sua beleza peculiar.

No céu, pássaros em festa,

circulam o ar, soltam a voz,

enamorados, cantam felizes a

canção das cores, dos perfumes,

e da alma das flores.

Tipicamente vestidos para o Amor,

vivem o gozo da liberdade natural.

Fiéis mensageiros do tempo,

saboreiam o gosto da estação perfumada.

Sinto que é primavera, ela chegou ...

confidenciando o explendor da perpetução.

A fidelidade do cio primaveril,

salta aos olhos,

a vida renasce pontualmente,

a terra adormecida, desperta das sombras,

pequenas criaturas, tecidas e bordadas para a festa,

celebram e murmuram sentimentos,

para os primeiros pequeninos raios de sol.

Cânticos vindos da terra,

com todo ímpeto de luminosidade,

anunciam a primavera,

pontual e efêmera,

bordada com fios de esperança,

dona do milagre da vida.

- Helena Huback -

Helena Huback
Enviado por Helena Huback em 25/09/2016
Reeditado em 29/09/2016
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