EU E A LUA

A tarde grafita a luz vespertina

Sob transparente sombra

De rendas e cetins

Em perfeita glória escarlate!

Afugento-me do assobio do vento

Em busca de um oásis

De noites estreladas

Revestindo sonhos pela madrugada.

Uma fina penumbra triste

Esboçando rostos queridos

Chega, porém, mansamente navegando,

Na minha saudade doída.

Revisto-me, então, de esperança

Em meu silêncio transfigurado,

Repleto de eldorados sonhos,

Sob o encanto lunar que invade a noite.

O plenilúnio abraça a Terra

E acolhe os sorrisos reluzentes!...

No cinza dos concretos da cidade grande

Sigo minha sina, à deriva: eu e a lua, somente!

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 15/10/2016
Código do texto: T5792304
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