EMÍLIO DE MENEZES VOLTOU*...

EU MESMO

Eu mesmo estou a ignorar se posso

Chamar-me ainda o Emílio de Menezes,

Procurando tomar o tempo vosso,

Recitando epigramas descorteses.

Como hei de versejar? Rimas em osso

São difíceis... contudo, de outras vezes,

Eu sabia o Padre - Nosso

E unir meus versos como irmãos siameses.

Como hei de aparecer? O que é impossível

É ser um santarrão inconcebível,

Trazendo as luzes do Evangelho às gentes...

Sou o Emílio, distante da garrafa,

Mas que não se entristece e nem se abafa,

Longe das anedotas indecentes.

Do livro Parnaso de Além Túmulo; editado pela FEB, primeiro livro psicografado por Francisco Cândido Xavier, em 1932, quando tinha 22 anos. Por vários motivos não concluiu o curso primário, como então poderia escrever “imitando” estilos de poetas “mortos”? Não deixa de ser uma prova inconteste que a mediunidade existe; ao longo de sua existência, escreveria 458 livros, - usando o mesmo processo a mediunidade - cujos assuntos, versavam sobre Ciência, Filosofia e Religião...

* “Emílio de Menezes, poeta brasileiro, nascido em Curitiba (PR), em 1866, e desencarnado no em 1918. Musa vivacíssima e fulgurante, sem deixar de ser profundo, era sobretudo ativamente humorística. Legou-nos Poemas da morte, 1901, e Poesias, 1909, além de Mortalhas, versos satíricos postumamente colecionados. Distinguiu-se pela altaneza dos temas, quando pela opulência das rimas.”

Em nossa cidade há uma rua com seu nome.

Curitiba, 04 de dezembro 2016 - Reflexões do Cotidiano – Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 04/12/2016
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