É madrugada

 
                                                           
 É madrugada 
o vento perpassa
vem lá de fora
adentra o intruso
Por baixo da porta
Bate nas vidraças
soprando de manso
é um sopro morno
 dá até pra sentir            
Um frio, um arrepio
Um certo mistério
Meio que sombrio
Pairando no ar
 
Lá fora a chuva
Caindo fininha
Parece a conversa
De duas vizinhas
Elas falam de amor,
Paixão e ternura
E também de renuncia
Desgosto e dor
lágrimas compridas,
Teimosas, sentidas,
descem pelo rosto
Falam de tristeza,
Incerteza, saudade
 de  um lindo amor
que não passou
Mas a renuncia,
foi o que restou,,,
 
lagrimas brotam
uma vertente insana
Que descem dos olhos
Numa avalanche medonha
Como uma cachoeira!
Mas vem o amor
Com palavras mansas
No lindo olhar a esperança
e seca as lagrimas
dá lugar ao sorriso
e depois ao riso
tão cheio de amor.
É madrugada
A chuva se finda
O vento parou....





 
Ahavah
Enviado por Ahavah em 03/02/2017
Reeditado em 03/02/2017
Código do texto: T5901093
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