Socorro

SOCORRO

Não tenho esperanças

Vejo o país se afundando

Em corrupção

Odebrecht

Aquele que achou uma brecha

E se infiltrou

Esteve presente em várias gestões governamentais

Levando vantagem

E provendo o mesmo a vários políticos

E esses mesmos políticos

Sem moral, sem ética e sem respeito

Fazem as leis desse país

Passamos uma procuração

E agora nos pegamos de mãos atadas

Nossos direitos?

Direitos? Que direitos?

Estamos relegados à trabalhar

Até à morte

Morrer de trabalhar

E os nossos sonhos?

E aquela chácara, sítio ou casa de praia

Para onde iríamos após a aposentadoria?

Não, ela não existe mais

E nós, o que faremos?

Acreditamos ainda naquela estrofe do Hino Nacional:

"Deitado eternamente em berço esplêndido"?

Acorda povo

E seu filho, seu neto, a sua descendência?

É isso que deixará para eles?

Ficamos indignados, entorpecidos

E tornamos para eles, os políticos, a coisa mais fácil

Despertemos desse torpor

Somos a esmagadora maioria

Não nos deixemos encurralar

Podemos mudar a história

Descruzemos os braços

E sigamos rumo à vitória.

Efigênia Saraiva

Abril/2017.

Efigênia Saraiva
Enviado por Efigênia Saraiva em 23/04/2017
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