ABRIL NOVO

Escrevo como quem respira

Ou respiro como quem escreve.

E o poema vai por mim acima

Sem ter o dever de quem deve.

E é tão natural a minha escrita

Como inconformada e producente.

E se se aproxima a vil desdita,

Então eu sou a voz desta gente

Massacrada até ao tutano,

Omitida pelo poder estabelecido.

Mas que ainda assim segue lutando,

Por um mundo melhor a si devido.

Não concebo por isso a poesia castrada,

Pelo focinho açaimado da palavra.

E, antes ainda, de mais nada,

Ela é de todos e a ninguém trava,

O conhecimento de todo um povo,

Que não se revê nestes políticos.

O que eles querem é um Abril novo,

Para tirarem da tez, os apolíticos…

Jorge Humberto

08/08/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 09/08/2007
Código do texto: T599860