Esperança e fé

Há sempre um vazio extremamente profundo

na alma de quem espera um amor perdido

Há sempre um gosto de poeira branca vermelha

assentada nas dobras do tempo que passa

Há sempre um vento frio cortante dobrando

as folhas meio vivas que sobreviveram ao outono

Há sempre uma mulher morrendo saudades

a cada janela semi aberta pintada de abandono

Há sempre uma esquina gasta pelo tatear dos pés

que volta e meia e volta espia a chegada vazia

Há sempre notas perdidas entre a música que ouço

e todos os sons que agonizam no silêncio da tua voz

Há sempre mãos adornadas de sacrificios e promessas

nas encruzilhas santas despacho das dores de viver

Há sempre uma esperança no fundo dos olhos

daquele que um dia viu o verde refletidos de fé

Nina Godoy
Enviado por Nina Godoy em 18/09/2017
Reeditado em 18/09/2017
Código do texto: T6118144
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