Nunca ando sozinho

Ando tateando nesta noite escura e densa

O corpo gela e à alma traz a dor intensa.

E sobre mim pesando da solidão o manto

Ali a paz e em minha mente só o espanto

E o império tão cruel da morte que se aproxima

Sinto rapidamente se esvaindo minha vida

Mas por que não se tentar dar outra volta por cima?

Mesmo que a esperança esteja toda perdida?

Mesmo que o sangue quente escorrendo da ferida

Denuncie com eloquência toda a minha desventura

Sabe lá se alguma brisa não me envolve com ternura?

E traga-me melhor sorte, me mostre alguma saída?

Quem sabe não volte o sol em minha vida brilhar?

E no meu rosto o sorriso que há muito já se perdeu

Venha me mostrar que o sonho que há tanto tempo morreu

Na pressa de reviver vem começando a aflorar?

Vou agora! Olho à frente, imponente, sigo avante.

Vou depressa! Pé na estrada, pois é longo o meu caminho.

Levo comigo a certeza de que nem por um instante

Nessa minha caminhada, eu tenho andado sozinho.

Francisco Adenilson
Enviado por Francisco Adenilson em 06/12/2017
Código do texto: T6192110
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