Solitude saborosas

Sinto-me estação

Vezes em um vagão que segue rumo ao Sudeste

Vezes num inverno em refugio

Sou flor guardando energia para aflorar em dias primaveris

Voou solitária e no meio fio encontro dois voadores que dividem sua Solitudes saborosas

Logo somos três, somos mil

Sou um

A semear o que deixa fartos

Quando crescem, viram exóticos

Passamos a fazer falta porque voamos por ai

Logo somos três, somos mil

Sou um

Em cada vagão, os corações não estão vagos

Almas que compraram seus bilhetes em vidas passadas

Para que num futuro permanecesse na mesma viagem

Busco nesta estrada o sonho que parece estar no ponto final

E no girar das rodas automotivas, questiono se o sonho seria a realização ou a ousadia de não sabe-lo

Sem saber eu ouso a sonhar,

Sigo meus instintos saboreando o caminho

O vento da janela toma minha face

Sinto-me viva, mesmo sem saber em qual vida estou

Ele me toca, beija-me suavemente

Leva meu olhar a paisagem que passa tão veloz, porém serena

Me faz ver que estou aqui

Sinto meu corpo

Meu templo

Meu espirito se enche de alegria, com o cheiro da nova chance de chegar A estação final

Adriane Neves e Michela Buck
Enviado por Adriane Neves em 15/06/2018
Código do texto: T6364890
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.