UM CONTO DE FADAS

Sílvia Purper.

E eu, ainda em minha torre,

a observar se ele vai chegar,

dominar o velho dragão que me cerca,

levar-me para outras terras distantes,

longe das paredes deste castelo

de pedras velhas e gastas pelo tempo.

Não é necessário ser assim tão distante,

mas que eu consiga esquecer

os momentos nele vividos e sofridos,

onde fui protegida, cercada de cuidados,

temendo sempre o invisível inexistente.

Medo dos “monstros” descritos tantas vezes,

das pragas, lobos, aventureiros e salteadores.

Mas não existem tais “monstros”. . .

A torre de nada adiantou . . .

Ele chegou, dominou o dragão,

galgou as paredes de pedra,

e juntos seguimos em seu cavalo

até . . . quem sabe ?

Talvez um dia possa eu voltar,

verificar que o velho dragão

nunca existiu e, a torre,

poderia ser facilmente transposta,

mas nunca percebi tais falhas.

Será que tudo não passou de sonho,

ou o sonho começou agora ?

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