Quem vê cara, não vê coração

Um antiquado conceito

do quanto e como,

é superficial a visão humana.

Todos temos qualidades e defeitos,

possíveis e reversíveis,

de acordo com cada ângulo de visão.

Não que eu esteja velho!

O tempo também é passível a tais questões,

haja vista que cada um de nós,

tem o seu próprio tempo,

preciso ou não

e talvez seja exatamente por isso,

que o planeta é redondo,

não numa circunferência perfeita,

exatamente para nos mostrar,

que imperfeição não é defeito.

O sol vai nascer e depois,

a lua vai aparecer, sempre,

mas nunca no mesmo lugar.

O Japão tem o seu fuso,

o que nos deixa confusos.

A matemática pode ser uma ciência exata,

mas ninguém nunca afirmou que ela é fácil.

Entender não é compreender

e tudo isso depende de interpretação.

A aparência da lagarta pode nos parecer repugnante,

mas, no entanto,

é impressionante a sua capacidade,

de se transformar num ser tão fascinante.

Metamorfose ou simplesmente fases?

Como as fases da lua ou as frases na rua.

As declarações de amor ou as caras de horror.

Tudo é uma questão de posicionamento

ou do temperamento,

daquele mesmo tempo que não controlamos.

Aliás,

nós nada controlamos,

e nem somos capazes de compreender,

o porquê da lagarta ter uma fisionomia tão repulsiva,

mas nos encantarmos com a beleza da borboleta.

Ambas são importantes para a evolução,

mas essa também é uma questão matemática,

que pode até ser uma ciência óbvia,

mas ninguém também nunca afirmou,

que o óbvio é simples de se reconhecer.

Tudo uma questão de sensibilidade,

que se aprimora com a idade

ou não,

mas, uma vez que cada um tem o seu próprio tempo,

talvez haja tempo de todos aprendermos a lição

e isso não depende do tamanho do relógio

ou da precisão dos seus ponteiros.

Papai Noel foi criado,

simplesmente para representar o natal.

E você,

acredita no quê?

Pode ser que você precise de tempo para responder.

Tudo bem.

Todos nós necessitamos de um tempo

ou do momento certo para nos vermos,

para assim, podermos perceber,

que não há diferença alguma,

entre a pluma e a pena,

a não ser apenas por suas delicadezas.

Às vezes somos uma pluma

e noutras,

apenas somos dignos de pena.

Vale a pena pensar!