CORAÇÃO DESPEDAÇADO

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Poderá o dia não clarear, quem sabe, um dia
E o sol com medo do frio não querer se achegar
Até pode ser que seque as águas de todos os rios
Fazendo com que mar a correr por um 'fio',
Chore seco sem forças, mas sabe terá quer parar.

Os montes mais altos se isolem na terra
Fazendo um hiato entre flores e matas
Interrompendo as nascentes gelidas e cristalinas 
E por cima das serras se mostre a maravilha
Que se projeta o fino véu que cobre as cascatas.

Tudo isso também é beleza dada por Deus
 A todos os seus, sem distinguir dentre os bons, os maus
Tal qual sacrifício prometido, um dia no alto da cruz
Pregamos todos os dias de novo Jesus
Ficando lá até hoje, por não termos na vida uma vida total.

Dei voltas no tempo, pois fiz deste o meu mundo
De um modo absurdo, fui igualmente pregado, tranpassado nas mãos
Assim como o sol e o dia se esconderam, se recusando nascer 
Não penso em fugir, nem morrer,
Só não sou O CRISTO JESUS
Sinto frio e calor e as vezes perco o contato com o chão.

Em mil pedaços partiu um coração, pesadamente judiado
Abraçado me coloquei na mira, mais lacerante da dor
Mergulhei numa tristeza que não era minha, mas me pertencia
Num pedaço que se desprendeu  de mim,
Caiu aos meus pés, trincou em mil partes e se espatifou! 


 Doem minhas dores, mas suporto-as; todas elas, por isso quero que doa só em mim.
Mas, a ferida feita num filho ou num ente querido, me dói muito mais, despedaçando um coração, que precisa e vai ter que se refazer, tenho fé!