PORTO DESCONHECIDO

De oceano em oceano

à procura

de um cais, cuja forma ignoro.

De tanto querer,

nunca o conheci.

É que, quando ao mar me fiz

de ponto impreciso,

em todo canto imperava

a agitação, a borrasca.

A bússola que me orientaria,

de agulha magnética carecia.

Por isso, navego sem norte

sobre ondas encapeladas

de oceanos absconsos.

Mas...

Sem desejar o fim,

talvez, um dia,

encontre um cais

onde possa da Natura

alcançar a paz sonhada.

Zilmar Pires
Enviado por Zilmar Pires em 16/04/2019
Reeditado em 17/05/2019
Código do texto: T6624829
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