RECOMEÇAR
Esquilo Juquinha era bonito
De cor marrom e todo feliz
Vivia olhando para o infinito
Por cima do seu sensível nariz.
Morava com sua família querida
No oco da árvore de paineira
Todo dia levantava feliz da vida
Por ter uma família verdadeira.
Mas numa tarde quente de verão
Veio um temporal com vento forte
Que levou a árvore ao chão
Quase levando todos a morte.
A enxurrada levou Juquinha pra longe
Bem distante da sua querida morada
Agora estava sozinho e desamparado
Longe da sua família amada.
Poderia se entregar e se desesperar
Ali mesmo deixar lutar e viver
Mas decidiu sua família procurar
Seus pais poderiam estar a sofrer.
Caminhou noite e dia sem parar
Tentando seus pais encontrar
Quase já sem forças para seguir
Pensou até em ali mesmo desistir.
Depois de muito caminhar
Quase desmaiando de cansaço
Escutou alguém filho gritar
Olhou com os olhos no embaraço.
Encontrou seus pais queridos
Que o socorreram rapidamente
Ali pais e filho reunidos
Teriam que seguir a frente.
Acharam outra arvore grande
Que possuía um oco adequado
Ali unidos construíram logo
Um novo lar amado e sagrado.