Sono

Eu me deito

Separada de meu corpo

Minha mente, duas almas, uma casca.

Uma tão leve dirigida para tempo futuro

Outra pesa. Me arrasta, me sufoca ao funda

da humanidade passada.

Errei, jurei não errar novamente.

Todo dia novas falhas, tropeços preparados por mim mesma.

Auto sabotagem.

Dizem que deveria tomar forças e lutar por mim mesma.

Eu luto. Luto.

Enviuvada das motivações e confianças.

Tomada pelo esquecimento.

Qual é a face da esperança?

Que olhos tem, Serão claros ou profundo?

Devem ser castanhos pois me lembro de ter

que estar bem próxima para ver os relevos de sua íris.

Lindos.

E seus cabelos? Eram mais longos, não, medianos pois sei

que lhes cobriam o rosto quando a brisa soprava.

Ah quanto tempo esperança, já não sei se fugiu de mim ou

se me cansei de você.

Sempre foi a única com a habilidade de juntar minhas almas.

Como pude ser capaz de desfigura-la ao desespero?

Deus me guie.

Ele é o único que sabe da luz que me trás.

Quando finalmente chegar, então serei capaz de equilibrar

meu corpo sem os pesos e as dores degradantes.

Alzira de Oliveira
Enviado por Alzira de Oliveira em 02/06/2019
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