Coração alado.

Atenta a vista e realiza

A cavalgada no serro do tempo é perene.

Assinta a visita

E dista o banzeiro arruar.

Cinja o arco mais perto,

Um novo lampejo, decerto.

O sol figura no vasto e largo,

E a densidade não o ofusca.

Direções sem fim

Assenhoreiam as mais belas,

As mais singelas faces.

O abraço profundo, precioso,

Formosura do mundo,

Não em resumo,

Mas nas fretas veladas,

Nas cores do ar.

Estreia da sina:

Um coração alado,

Rasante e díspar,

Batido e diligente.

Outorga do saldo que canta,

Selo da mala que alenta,

O brio que sustenta,

E o revolto cintilante,

Cedo ou tarde,

Alveja os flamejantes colossos

Dissimulado-os em flores,

Sem mazelas, sem mais dores.

RENATO SANTOSS
Enviado por RENATO SANTOSS em 13/07/2019
Código do texto: T6695230
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