Tantos Poemas

Tantos poemas escrevi
Entretanto com lágrimas
Cada palavra... inúmeros apaguei
No entanto, há aqueles...
Que em um canto
Do meu recanto os guardei
Ou escondi...?
Os mais inquietos engaiolei!

Em alguns, com minhas penas me cobri 
E me vesti de esperança 
Em outros, rasgando palavras
Completamente me despi 
E com a alma nua voei
Tentando te encontrar 
Ou procurando não me achar

Sem os pés no chão 
Uns te dediquei...
Já distando da razão 
Em certos poemas
Versejei sentimentos errados
Em outros, dei-lhes asas
Tornaram-se alados
Seres indomáveis 
Alguns são insanos
Impossíveis, improváveis
Em mim imantados
Por muitos... e muitos anos

Em diversos nos encontramos
No início e no meio
Das entrelinhas de mim
Em silêncio e no infinito
Das reticências sem fim...

Em um poema Deserto

Ou em um Oásis 
Aquele... é tão bonito!
Em alguns, ficamos a sós 
Em outros, nos perdemos de nós 

Muitos poemas aqui vivi
Noutros de amor morri
Poucos sei de cor
Mas todos de coração
Alguns trazem meus sonhos
Com outros contudo se esvão
E tantos poemas de mim
Tais como este
Receio que assim...
Assine eu em vão...


Um abraço de mulher-pássaro
e um beijo poético em sua alma

(Este poema faz parte da minha coletânea
Asas de Mim, Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.)

Alada
Enviado por Alada em 15/09/2019
Reeditado em 07/04/2024
Código do texto: T6745621
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