O GRANDE FINAL

É realidade. A humanidade está acabada,

Com tantas guerras e infinitas maldades,

Poucos com muito e muitos sem ter nada,

É um culto profano que enaltece vaidades.

O homem escraviza o homem e o explora,

Os governos tripudiam, brigam entre si,

A grande massa, sem opção, apenas chora,

E sem saída, apenas espera o seu triste fim.

O homem esqueceu o amor, esqueceu Deus.

Olha somente para o seu umbigo, é narcisista,

Sabe apenas e somente dos interesses seus,

E nem vê que o irmão carente dele necessita.

A fome grassa célere, uma procissão de morte,

As doenças proliferam na velocidade do raio,

E o mundo, um inferno deixado à própria sorte,

Vai-se euxarindo, se acabando e não é ensaio.

É a pura realidade este cenário bem pressente;

É o final, o apocalipse, quem acionará o botão.

A qual carrasco caberá a derradeira decisão,

De por um fim ao fim que chega sombriamente?

Mas há uma chance. Um apelo final a execução,

Um perdão, um final feliz, da pena, suspensão,

Dessa derrocada fatal, para uma nova vida,

Uma movimentação para uma nova tentativa.

Cuidar do planeta com respeito e obediência,

Respeitar seus sistemas, reaprender a viver,

Saber se comportar no mundo, ter a paciência,

Para uma nova reconstrução no modo de ser.

Reaprender a ser solidário com quem necessita,

Dividir o pão com igualdade, saciar a fome,

Daquele que não será apenas mais um parasita,

Matar as vaidades e o orgulho que consome.

Na hora que mudarmos esses torpes planos,

Que nos destrói, nos leva a tanta desigualdade,

O mundo será outro, será apenas de bondade,

Se formos todos iguais, irmãos, seres humanos.

No momento em que voltarmos o pensamento,

Para Deus, e vermos que Ele de novo nos chama,

Para acabarmos com o sofrer, todo o lamento,

Veremos um mundo melhor sem essa lama.

Certamente que o mundo será outro fatalmente,

A vida ressurgirá de novo sem nenhum tropeço,

Não mais guerras. Um novo tempo, novo começo,

Todos iguais, sem miséria, vivendo eternamente.

Lúcio Astrê
Enviado por Lúcio Astrê em 03/10/2007
Código do texto: T679611
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