DESABAFO
DESABAFO
Por não poder falar abertamente
Me abate comumente essa tristeza
Desse amor proibido, dessa incerteza
Do não poder vivê-lo livremente
A vida é mesmo contente
Quando amamos gente disposta
A dá o mesmo para a gente,
Ah! Essa barreira interposta
Nos fosse indiferente.
Essa dor, essa angustia me destrói
Mas esse amor me leva e constrói
Poesias de amor, de lamento
E são essas rimas meu acalento.
Escrever é minha única companhia
Onde reclamo desabafo e clamo todo dia
Que o amor me venha tomar, como eu bem queria
Completo, sincero e aberto, esse meu desejo mataria.
O fogo dessa paixão eu saciaria,
A nos amarmos na madruga,
Sem medo, sem repúdio, sem fuga,
Sedenta de amor, o real e a fantasia, eu viveria.
Neide Rodrigues, poetisa potiguar, em 01/12/2019 às 10:44h