Esperanças de chuva

Cai, lá fora, a chuva de novembro,

Fria, audível e não verbal.

(Desfeito mistério nostálgico das nuvens)

Em queda livre e lustral

Como que a tocar em tom menor,

As cordas da harpa dos sentimentos,

Fazendo rapport com momentos

Dentro da minha psique:

São saudades, são amores perdidos de outrora.

Quem me dera que viesses agora

Livrar-me deste uníssono com a tristeza

Que viesses com a tua beleza:

Divina, cristalina e pura

Qual a chuva de novembro

Caíndo sobre a terra, os edifícios, o alcatrão

E me alagasses de co'a tua ternura.

Ou então, que viesses num sonho,

Fruto de uma gota desta chuva de novembro

Na minha imaginação...

Jonas Paul o Gordo
Enviado por Jonas Paul o Gordo em 11/12/2019
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