Esperançosa de ti
Mais uma manhã ressurgiu
Os raios de sol invadiram os céus
As aves entoaram doce canto de alegria
Mas e tu? Chegarás?
Varri o terraço,
Reguei as flores,
Dispus tudo em seu devido lugar,
Mas tu, caro senhor nem se quer chegastes!
Prometestes visitar-me,
Cheia de esperança procurei aguardar.
Mas tu, tardastes e não comparecestes
De auspiciosa me fiz senhorita dissaborada.
A noite obscura, embaçante e fria
Tal cenário desvelou frente aos meus olhos
Não pude conter tamanha densidade estrondosa
Asfixiou-me uma torrente de angústia.
Incapacitada de adormecer em paz
O sono de mim, fugiu estarrecido,
Impossível, manter-se calma
Quanta agitação envolveu-me
Caro, senhor, quanto mal causastes
Insensível és com essa senhorita!
Tu nem se quer honrastes teus dizeres
Como esperar que de ti viva esperançosa?
Um dia merecestes minhas complacências
Fiz de aconchego meus braços
Abri gentilmente meu coração
Tu, adentrastes delicado
Mas cada vez que tardastes a chegar
Sinto que pisoteastes sem compaixão meu solo
Assassinastes minha esperança
Aniquilando o desejo de encontrar-te
Oh, maldoso senhor
Digais onde deixastes a chave de tua morada
Aventurei procurá-la,
Mas deparei-me com a entrada lacrada
Uma vez que, chegastes adentrar o coração
Jamais ousou de lá sair.
Então rogo, meu amado senhor,
Esperançosa de ti, aguardarei ansiosamente
Venha encontrar-me logo e não tardeis!
Veja e observa, quão frágil e delicada é a tua senhorita.
Pesastes no íntimo o quanto adiastes nosso encontro?
Abre os olhos, singelo senhor, venha enquanto é tempo!
Não volverei meu olhar fora de ti,
Espantei outros olhares curiosos de nós.
Meu coração é teu, tu que cruelmente roubastes
Fui tomada por forte saudade,
Peço-lhe não tardeis mais senhor!
Olhais essa senhorita, tão esperançosa de ti.