Esperançosa de ti

Mais uma manhã ressurgiu

Os raios de sol invadiram os céus

As aves entoaram doce canto de alegria

Mas e tu? Chegarás?

Varri o terraço,

Reguei as flores,

Dispus tudo em seu devido lugar,

Mas tu, caro senhor nem se quer chegastes!

Prometestes visitar-me,

Cheia de esperança procurei aguardar.

Mas tu, tardastes e não comparecestes

De auspiciosa me fiz senhorita dissaborada.

A noite obscura, embaçante e fria

Tal cenário desvelou frente aos meus olhos

Não pude conter tamanha densidade estrondosa

Asfixiou-me uma torrente de angústia.

Incapacitada de adormecer em paz

O sono de mim, fugiu estarrecido,

Impossível, manter-se calma

Quanta agitação envolveu-me

Caro, senhor, quanto mal causastes

Insensível és com essa senhorita!

Tu nem se quer honrastes teus dizeres

Como esperar que de ti viva esperançosa?

Um dia merecestes minhas complacências

Fiz de aconchego meus braços

Abri gentilmente meu coração

Tu, adentrastes delicado

Mas cada vez que tardastes a chegar

Sinto que pisoteastes sem compaixão meu solo

Assassinastes minha esperança

Aniquilando o desejo de encontrar-te

Oh, maldoso senhor

Digais onde deixastes a chave de tua morada

Aventurei procurá-la,

Mas deparei-me com a entrada lacrada

Uma vez que, chegastes adentrar o coração

Jamais ousou de lá sair.

Então rogo, meu amado senhor,

Esperançosa de ti, aguardarei ansiosamente

Venha encontrar-me logo e não tardeis!

Veja e observa, quão frágil e delicada é a tua senhorita.

Pesastes no íntimo o quanto adiastes nosso encontro?

Abre os olhos, singelo senhor, venha enquanto é tempo!

Não volverei meu olhar fora de ti,

Espantei outros olhares curiosos de nós.

Meu coração é teu, tu que cruelmente roubastes

Fui tomada por forte saudade,

Peço-lhe não tardeis mais senhor!

Olhais essa senhorita, tão esperançosa de ti.

Lorena Borba
Enviado por Lorena Borba em 17/12/2019
Reeditado em 02/04/2020
Código do texto: T6821196
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