Violência, este ato, nunca mais!...

Sua aparência era quase de um mendigo,

corpo e roupa com sujeira de vários dias,

barba comprida, e suja também,

difícil alguém saber que essa criatura

era um homem de apenas trinta anos,

seu perambular hesitante pelas ruas

misturava-se com os inúmeros vagabundos

daquela grande metrópole do nosso grande Brasil,

mas coitado, pior do que a maioria dos vadios,

porque não só seu corpo estava mal,

sua alma sim, completamente em farrapos,

seus pensamentos como seu caminhar um tanto confusos,

nem por isso seu raciocínio deixava-o entender

o labirinto que entrou por causa de seus atos,

aquele moço, já tivera uma vida normal,

até a sua situação financeira não era mal,

o mais importante, sua família,

esposa e os dois filhos que ele poderia faze-los felizes,

o relacionamento no lar deteriorou

por causa de seus ciúmes infundados,

suas obrigações de pai que ele achava apertados,

mas enfim só agora reconhecia a felicidade perdida,

começava a reconhecer o que o seu lado violento propiciou,

quando chegava em casa em fúria, maltratava esposa e filhos

transformando a vida de todos em regime de imenso terror,

transformação se deu unicamente porque ele jogou fora o amor,

aquele tormento estava sendo implacável com seu viver do momento,

o seu pensamento começava a ficar decisivo,

repetindo com sigo mesmo: violência, este ato, nunca mais!...

queira Deus que ele consiga reatar com a família perdida,

ou mesmo em outro relacionamento nunca cometa este ato pérfido,

porque a vida, às vezes, é mesmo um reciclar,

pode-se transformar os atos nocivos, que massacram o presente,

em atos tão benéficos tornando o amanhã completamente reluzente!...