Como pandorga

E foi levada ao vento

Da incompletude

Ora triste, ora altiva

E lá se ia!

Dia após dia...

Moldada a matérias

Fortes,nem tanto

Lançada ao vento

Ora segura, ora cega

E foi rasgada!

Despedaçada...

Dela, apenas as sobras

Da (i)licitude

Ora injusta, ora legítima

. E lá seguia!

Doída, arredia...

Mas a pipa quer voar!

Recompôr-se:

Alçar de novo

Sentir o vento,

Resfolegando

Rumo ao destino...

... e desprezo algum,

a essa raia

abalará.

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 21/04/2020
Código do texto: T6924526
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