HEI DE VOLTAR...

(Ao ilustre e inesquecível poeta Mario Quintana)

Hei de voltar à minha terra um dia

quando a bruma tiver se dissipado

e as árvores bailando ao descampado

erguerem para o céu, a sombra esguia...

Quando bramindo o mar em tarde fria

Num sussurro noturno e murmurado

em suspiros de luz – Enamorado...

adormecer com terna maresia!

Hei de voltar à minha terra amada

num solene momento de agonia

quando aos toques do ocaso a “pardalada”

com os sinos chorar de nostalgia

Trazendo sobre o peito a mão cruzada

– Emblema de esperança e de poesia!

(Parto Alegre-RS, 1963)

Attilio dos Santos Oliveira
Enviado por Attilio dos Santos Oliveira em 15/05/2020
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