Reacender

Muitos querem ser fortes

Vencer difíceis batalhas

Mas não encontram suportes

Quando lhes vêm as falhas

Ficam tristes, cabisbaixos

Pensando que tudo é ruína

Desilusão vem aos cachos

E a derrota nada ensina

É tanta a decepção

Que só resta a desistência

Ao desânimo dão a mão

Se entregam a impaciência

Mas vejo só que bonito

A questão da controvérsia

O destino está escrito

Mesmo, e, apesar, da inércia

Uma fagulha que fica

Pedida entre o cinzeiro

Acende e intensifica

O fogo desse palheiro

Qualquer fio de esperança

Grudado dentro da alma

Traz a luz da perseverança

Que fortifica e acalma

O fracasso é esquecido

De novo se traça o caminho

E o ardor esmaecido

Reacende. Volta ao ninho.