Cinzel

Cinzel

As formas que seus ataques criam

Sob a óptica descomprometida

Perplexos pela voracidade deferida

Uma nova realidade recriam

Aos brados – “Seu louco descontrolado”

Mas ainda firme lapidando

Algo novo vai se criando

Ao chão o resto estilhaçado

Aqueles, outrora acusadores

Jazem pasmos ante a beleza

Envergonham-se ante a crueza

Que os fizera escarnecedores

Os ataques do cinzel cessaram

Emergiu entre brados e apontamentos

Um belíssimo sentimento

Dentre aqueles que debocharam

E o louco explana sua versão

Os olhos veem cinzeladas

Agressão à pedra desarmada

São aqueles podres de coração

Apreciem – venham cá

Nossa perspectiva é tão vaga

Que criamos para nós a praga

Que para nós retornará

Mas para vocês tenho a solução

Deem-se algumas cinzeladas

Aquela forma tão mascarada

Brilhará ao findar vossa lapidação

E a mais bela escultura surgirá

Olhos torpes não mais existentes

Virão mais plenos e contentes

Uma nova versão de vós renascerá

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 25/05/2020
Código do texto: T6957941
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